Odisseias Beneditenses III
Mood:
don't ask
A Linha Benedito Bentes-UFAL e a unica que atende os universitarios que residem no Bil, saindo um carro a cada QUARENTA minutos, com o ultimo passando pelo campus as 22:40 (com um religioso atraso de cinco ou dez minutos). Ontem, campus, saio da PROEST e chego no ponto de onibus as exatas 22:40. O ponto estava vazio, pessimo sinal: o bus?o passou inacreditavelmente CEDO, me sobrando as opc?es de andar ate a pista ou pegar qualquer onibus descendo e depois um subindo pro Bil.
22:50h - sigo pela pista. Ao passar pelo ponto do HU, dois caras vem passando em uma bicicleta: "Ae, moral, chegue ca, chegue ca". Desconverso e atravesso a pista, fingindo ir em direc?o ao posto de gasolina ("mifu! deve ser assalto"). Dez segundos e os caras insistem "Deixe dessa, veio, a gente so quer um real..." Disparo pro posto: tudo escuro, nenhuma porta aberta a vista, e de repente a entrada de uma vila de casas que eu nunca tinha notado ("vai ser o jeito"). Entro e de longe ainda escuto os caras ironizando "corre, corre, corre!..."
Cerca de cem metros de beco depois, varias casas fechadas e, no final, o apice da lei de Murphy: um muro bloqueando a passagem. Olho em volta rapidamente - a minha direita uma casa velha, vazia, escura e sem porta finaliza a rua. "E a toca mais obvia", penso e recuo ate a casa do lado, fechada, com a frente recuada e um pequeno muro. Durante cerca de um minuto me escondo atras do muro ("cade os caras, n?o e possivel que tenham desistido"). Um pouco mais e vem se aproximando o som da bicicleta. Um vem a pe e outro na bike. Passam direto e entram na casa-toca-mais-obvia, ao lado, sem me ver. Um entra gritando (algo como "pode ir saindo que a gente sabe que voce ta ai"). Espero o segundo tambem entrar na casa, saio detras do muro e disparo pra pista. Da pista, direto pra o estacionamento de caminh?es ao lado. Vindo no sentido contrario, encontro meu irm?o (um metro de altura a mais que eu, faixa verde de carate), que tambem havia perdido o onibus, pelo mesmo motivo que eu.
Do lado, um caminhoneiro: "foram uns dois de bicicleta, n?o foi? Eu vi eles e achei suspeito, tavam rondando por aqui". Pegamos o "Cruzeiro do Sul", descemos ate a Fernandes Lima e de la pegamos um Bil subindo. Chego em casa mais uma vez a salvo, mas como Freud e um completo filho da puta, sonho a noite com casas invadidas, perseguic?es e meus pais. AAAAAAAAHHHHHH!!!
PARIDO POR a me torturar...
at 22:53 BRST
Updated: Monday, 26/07/2004 21:51 BRST